tag:blogger.com,1999:blog-35523293.post4664930739415954390..comments2023-05-30T13:34:11.993+01:00Comments on aparências do real: O sindicalismo vigente: o caso dos professoresJOSÉ MANUEL CORREIAhttp://www.blogger.com/profile/02280120851209596215noreply@blogger.comBlogger2125tag:blogger.com,1999:blog-35523293.post-36591496369480646482008-04-22T00:21:00.000+01:002008-04-22T00:21:00.000+01:00Caro anónimo.Agradeço o seu comentário.Permita-me ...Caro anónimo.<BR/><BR/>Agradeço o seu comentário.<BR/><BR/>Permita-me discordar quando afirma que já não há lugar para o verdadeiro sindicalismo. <BR/><BR/>É claro que ainda há lugar para ele, como houve desde que o capitalismo se desenvolveu. Com a deslocalização de empresas e a degradação dos salários e das condições do emprego, o sindicalismo que defenda os interesses concretos dos trabalhadores irá voltar a ganhar importância, tanta, ou mais, quanto teve noutros lados desde o pós guerra, e entre nós a partir do marcelismo, até aos meados dos anos 70.<BR/><BR/>O que vai perder importância é o sindicalismo atrelado aos partidos, nomeadamente, aos partidos comunistas, que usam os interesses dos trabalhadores como moeda de troca nos negócios com o patronato e com os governos. O que acabará, tarde ou cedo, é o sindicalismo desligado dos trabalhadores, burocrático, cuja acção se restringe ao protesto de rua, e que apenas tem servido para cumprir o lema “assim se vê a força do pc”. <BR/><BR/>Esse sindicalismo protestativo, lamuriento, que se contenta com migalhas, independentemente do estado de ânimo dos trabalhadores e da relação de forças, para manter um descontentamento permanente, que com poucas excepções se arrasta entre nós desde o 25 de Abril, está condenado. Esse sindicalismo, que nunca foi nem é revolucionário, muito menos reformista, como é o verdadeiro sindicalismo, mas apenas um instrumento de mobilização das massas à medida das conveniências políticas do partido comunista, está irremediavelmente condenado. <BR/><BR/>Tão condenado quanto esteve o sindicalismo corporativo controlado pelo governo fascista até aos fins da década de sessenta. Apesar de blindado à mudança, em último caso acabará porque os trabalhadores o mandarão às malvas, quer criando novos sindicatos, quer agindo à revelia deles. Do seio do movimento operário e dos restantes trabalhadores emergirão novos líderes independentes, capazes de interpretarem os anseios dos trabalhadores e de os conduzirem na defesa dos seus interesses concretos. <BR/><BR/>Num país em que a repartição do rendimento desceu a níveis de há mais de trinta anos atrás e em que a legislação laboral regrediu ainda mais anos, o sindicalismo da conciliação encapotada e da traição descarada na negociata com o patronato e com o governo não tem futuro. Não tenha dúvidas, porque o que tem de ser tem muita força.<BR/><BR/>JMC.JOSÉ MANUEL CORREIAhttps://www.blogger.com/profile/02280120851209596215noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-35523293.post-71472081855085916102008-04-21T19:57:00.000+01:002008-04-21T19:57:00.000+01:00Gostaria de poder subscrever as suas palavras sobr...Gostaria de poder subscrever as suas palavras sobre o (verdadeiro) sindicalismo. Só que julgo que é algo que já não existe. Morreu. Nasceu com grandes dificuldades, fez o seu papel e os trabalhadores (e o progresso) devem-lhe muito. Mas já não há lugar para esse sindicalismo. O que sobrevive é o sindicalismo burocrático que serve de poleiro a muita gente. E esses pouco fazem pelos que mais necessitam de ter quem os defenda, como os trabalhadores das minas da Urgeiriça, que estão a morrer de cancro, ficando as famílias na miséria...Anonymousnoreply@blogger.com