A política e os arroubos de paixão...
A uma puta desvairada deu mais um arroubo de paixão... Não se trata do retorno a um qualquer parque, à luz diáfana da Lua, com disfarce de cabeleira loira, beiços berrantes frementes de desejo, vestes espampanantes, qual travesti de fetiche por bela actriz. Não. Trata-se de uma tentativa de regresso às luzes ofuscantes da ribalta que a reles meretriz sempre ansiou.
Sebastião e a rameira, personagens controversas, de humores instáveis, conflituam na mesma realidade, vazios de princípios éticos, proclamando valores que não praticam, vendendo hipocrisia e mentira, alardeando o glamour da futilidade, oferecendo o abismo ideológico do populismo, tudo ao serviço da desmedida ambição.
Como se deverão consertar as personalidades tão perturbadas desta triste história? Não se sabe se com carga de varapau (eleitoral, é claro), se com tratamento psiquiátrico (em sessões de divã acolchoado, como também é claro).
E que pensar do País que exibe como capital de esperança personagens que querem transformar a política em palco dos seus dramas pessoais?
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