Longa vida ao Maroscas
A revista do Expresso publicou, na semana passada, uma entrevista (mais uma) com o antigo padrinho do Polvo. Como já vem sendo hábito, é Maroscas Bochechas em grande estilo, aliás, no seu melhor. Com a idade, está como o vinho do Porto. A grande revelação, desta vez, é que o homem não foi profissional da política, foi advogado ou professor ou coisa que o valha. Embora tenha sido preso político, exilado político e tenha passado mais de metade da sua vida adulta na política e no exercício de cargos políticos, não foi profissional da coisa.
O homem não se serviu da política para enriquecer, pois já era rico, e como tal não andou metido, por interpostos testas de ferro, em negócios privados menos claros. O homem não teve Carlucci, nem membros de sucessivas administrações americanas, nem agentes de serviços secretos, nem filantrópicas Fundações alemãs, nem generosos sindicatos nórdicos, nem compreensíveis hierarquias católicas como amigos ou conselheiros ou financiadores ou aliados para a conquista do poder. O homem, de facto, parece ter sido político nas horas vagas do exercício da sua profissão. Na sua (já longa) vida andou a servir a política, e para isso até pagou do seu bolso. Porquê? Ora! Pelo dever de servir o país, pois então!
Bem, mas isto sou eu a falar, que de há muitos anos sorrio quando oiço o Maroscas. Longa vida ao Maroscas, para que continue a entreter-nos com as suas hilariantes recordações. Saúde e fraternidade.
1 Comentários:
Muitos parabéns pela sua intervenção no 5 dias, a propósito do último post da f.
Gostei da sua lucidez e da forma, como de maneira convincente e eficaz, conseguiu desmontar alguma confusão que por lá anda.
Boa !
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