quinta-feira, 22 de outubro de 2020

A corja alucina de novo: autoritarismo, violação da Constituição e das leis do Estado de direito…


Há uns dias, a corja no poleiro decretou o “estado de calamidade”, impondo toda a sorte de violações dos direitos fundamentais garantidos pela Constituição da República, concedendo às polícias e a não sei mais a quem o direito à violação do domicílio (a coberto da entrada na “propriedade privada”) sem mandato judicial. Faz lembrar os usos da PIDE, a velha polícia política do fascismo, e os tempos conturbados do PREC… O pior é refinados demagogos terem o desplante de se apresentarem como genuínos “democratas” e convictos políticos de esquerda. Os fascistas, ao menos, eram assumidos autoritários, anti-liberais, anti-democratas, impunham a censura, não permitiam a greve, mas pautavam-se por ser gente honesta (e os que não eram o chefe corria com eles em três tempos). O corjedo (a corja no poleiro e a que já lá esteve), além de incompetente, não é gente honesta (é corrupta e peculadora), não impõe a censura (induze-a a jornalistas dóceis) mas abusa da propaganda, e em quase tudo do resto comporta-se como fascistas de facto.

Em aliança com o resto do corjedo, prepara-se para legislar a imposição da obrigatoriedade do uso de máscara sanitária em todo o lado (mesmo ao ar livre e guardadas as distâncias), ironia das ironias e sem corar de vergonha, quando há meses não recomendava o uso em qualquer situação. Pretendia também tornar obrigatório o uso de uma aplicação para telemóvel violadora da privacidade dos cidadãos. Parece que recuou quanto a esta última medida, perante o ror de clamores de cidadãos informados. Mas, quanto a isto, “até ao lavar dos cestos é vindima”. Veremos qual o desfecho. Pode ser que a mim, que não possuo (nem nunca possuí) telemóvel, me ofereçam um já com a aplicação instalada! Depois verei o destino que lhe darei. Apesar das violações da Constituição e das leis que comete, cerceando direitos, liberdades e garantias dos cidadãos, pretendia impôr agora a sua fezada na tecnologia de comunicações como panaceia milagreira para limitar e erradicar focos, reduzindo drasticamente os contágios e assim acabar com a nova peste.

Hoje, noticiam os jornais, decretou uma série de medidas violadoras da Constituição e da lei — antes integradas no “estado de emergência” proposto pelo hipocondríaco comentador inveterado que ocupa a Presidência da República, aprovado pelo Governo e por uma maioria parlamentar de funcionários partidários incapazes de pensarem pelas suas fracas cabeças — a serem introduzidas (por simples resolução do Governo, pasme-se!) no “estado de calamidade” actualmente em vigor: a proibição da circulação entre concelhos no fim-de-semana alargado que se aproxima (ligado a uma data em que se manifesta uma das crenças mais íntimas das pessoas, o culto dos seus mortos, uma parte do seu ser) e a imposição do confinamento residencial nalguns concelhos. Não aprendeu nada com o autoritarismo fascizante nem com o desastre sanitário, económico, político e social do anterior confinamento e repete-os agora em novas versões, um pouco atenuadas, sem qualquer pudor nem responsabilização. Não sei se por gosto pelo autoritarismo impune ou se apenas por estupidez.

A corja está em pânico com o espectro da provável ruptura do SNS perante o aumento do número de doentes a necessitarem de internamento hospitalar e de cuidados intensivos e alucina de novo. Sabia-se de antemão que no Outono-Inverno o vírus SARS-cov2 voltaria a atacar em força, tal como outros e o das gripes sazonais, mas durante seis meses a corja não cuidou de aumentar significativamente o número de camas de internamento e de cuidados intensivos disponíveis nem de qualificar mais pessoal médico e de enfermagem intensivista com o treino necessário (ou apenas suficiente para as manobras essenciais). E, apesar do "estado de emergência" e do "estado de calamidade" que impôs, não arranjou coragem para requisitar os hospitais privados para o combate à doença, preparando-se para lhes entregar os outros doentes que o SNS deixou de tratar, em mais uma PPP desastrosa para o erário público, aumentando o cerco e o risco de destruição do SNS. Típico da governação à vista e de reacção aos acontecimentos dos seus Governos e das suas opções ao serviço do capital. Para além da constante auto propaganda, aquelas cabecinhas pensadoras parece só terem capacidade para a retórica dos vendedores da “banha da cobra” especialistas em enganar o pagode.

O chefe da corja, o Tó Gosta do poleiro, mais uma vez, esteve em todas no seu melhor: ameaça de crise política, para pressionar a aprovação do Orçamento do PS, depois arrependimento e o choradinho da disposição de não abandonar o barco na actual situação de borrasca (até à próxima ameaça de crise, porque a bancarrota é certa); autoritário, mas a contragosto, porque é um democrata dos quatro costados (que diria do espécime o pai, se fosse vivo…), depois a justificação dos “abanões”, porque os culpados da existência e da propagação do vírus são a moçada nos copos e nas festarolas e as confraternizações familiares, já que o pessoal, ingrato, não respeita alguns disparates que lhe são impostos, não sabe viver sozinho e quer é gozar a vida enquanto existe… Enfim, o Tó Gosta do poleiro tem-se revelado um exímio fala-barato e um manhoso de primeira apanha. A este jurado “democrata” e declarado “anti-autoritário” já lhe ouvíramos afirmar, acerca das violações do direito à greve, que faria o que fosse necessário “diga a Constituição o que disser”. Perante a impunidade, parece que lhe tomou o gosto. Por isso, repito: não se ponham a pau com o artista, não…


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