terça-feira, 14 de dezembro de 2021

O passageiro que se passou e é passado


Com o seu andar bamboleante, ele foi passando por entre os grossos pingos das borrascas que assolaram o seu ministério: das golas anti fogo ao estrangeiro morto no aeroporto por excesso de porrada de uma das suas polícias até ao atropelamento mortal de um trabalhador na auto-estrada pelo carro oficial em que viajava em excesso de velocidade, como passageiro, disse, eventualmente de boleia.

Ministro das polícias, acabou sendo um caso de polícia. Mais do que um desajeitado ou do que um azarado, foi um erro de casting, escolhido por ser um fiel sabujo ao serviço do seu partido e do seu chefe e não ao serviço do povo, um espécime sem mérito para as funções que no papel lhe foram confiadas nem com ponta de humildade para assumir a responsabilidade pelos seus erros.

Na hora em que foi abandonado e despedido, porque palavras inconscientes o tornaram por demais incómodo, teve ainda o desplante de desfiar a obra feita, mostrando total despudor e a irresponsabilidade que foi o seu governar. Mais um exemplar para quem a ética é a lei. Esperemos que na falta da ética não falte também a lei, p'ra ver se acaba a impunidade desta gentalha de merda.


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