domingo, 27 de março de 2022

Aonde irá levar o desvario dos novos aprendizes de feiticeiro europeus?


Imaginem que a Rússia, em resposta à guerra económica e política que lhe foi movida pelo “mundo livre”, através de sanções sem paralelo e do roubo dos activos em divisas no estrangeiro do seu Banco Central (em violação do direito nacional e internacional), e à intervenção militar indirecta da NATO na Ucrânia, através do fornecimento de armamento e de outras “ajudas”, retaliava com a suspensão do fornecimento de petróleo e de gás aos países hostis. Que mais chamariam ao “novo pequeno Czar”?

Depois das inconfidências que o “jovial” Presidente dos EUA deixou escapar durante o seu recente périplo europeu (NATO/CE/G7) acerca da função dos soldados americanos estacionados na Polónia e da necessidade de mudança de regime na Rússia, obrigando a “Casa Branca” e, depois, o Secretário de Estado, Antony Blinken, a corrigi-las, que os media atribuíram a gaffes banais, e dos insultos que dirigiu ao “novo pequeno Czar”, o "carniceiro", que outra cartada estará sendo urdida?


ADENDA (28.03.2022)

Os ministros da energia dos sete países mais industrializados (G7) rejeitaram por unanimidade hoje efectuar o pagamento do gás russo em rublos, como pretendido pela Federação Russa. O ministro da Economia da Alemanha, país que detém a presidência do G7, Robert Habeck, afirmou que “todos os ministros do G7 (energia) concordaram que esta é uma violação unilateral e clara dos acordos existentes” e que o “pagamento em rublos não é aceitável e (...) pedimos às empresas envolvidas que não cumpram a exigência de Putin” (do DN). A Federação Russa reagiu a esta decisão “do G7 com a ameaça de cortar o fornecimento de gás, segundo noticia a Sky News, que cita a agência de notícias russa Ria” (do DN).

O pagamento do gás em rublos é uma forma de obrigar os compradores a adquirirem-nos no mercado internacional, atenuando a quebra da cotação da moeda russa (com a qual a Federação Russa tem vindo a cumprir as obrigações internacionais de pagamento da sua dívida pública após o confisco das divisas do seu Banco Central no estrangeiro) e, em simultâneo, de a Rússia se desligar do dólar como moeda de pagamento internacional, como aliás vem acontecendo com a diversificação das moedas de pagamento do petróleo por vários países produtores. Convém lembrar que a intenção de abandonar o dólar como moeda de pagamento do petróleo foi a causa das guerras de agressão dos EUA ao Iraque, em 2003, e à Líbia, em 2011.


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