segunda-feira, 13 de setembro de 2021

Sobre o ataque terrorista contra os EUA em 11 de Setembro 2001


Este texto, na versão original, tem praticamente vinte anos. Na altura, enviei-o para o jornal Público, esperando que pudesse ser publicado, apesar da divergência patente com a posição assumida pelo jornal. Em vão, porque a divergência era séria. Publiquei-o aqui, nesta versão com ligeiras correcções formais, há pouco mais de cinco anos. Republico-o agora, porque ainda se mantém actual.

Sobre a invasão do Afeganistão que se seguiu, vai fazer em Outubro vinte anos, e a ocupação daquele país até agora, ainda não vi os nossos peneireiros — António Barreto, Durão Barroso, José Manuel Fernandes, Pacheco Pereira e Paulo Portas, por exemplo — fazerem qualquer pedido de desculpas. Não se terão precipitado no apoio incensato? Não se terão sentido enganados? Não se sentem também culpados?



*

A guerra contra o terrorismo e o perigo dos falcões irados


Passada mais de uma semana sobre o atentado terrorista contra o World Trade Center e o Pentágono a reacção histérica continua num crescendo. Editorialistas, comentadores encartados, políticos e militares, cada um à sua maneira, parecem disputar a ferocidade da retaliação vingadora. Os nossos, como são pequenos e insignificantes, para serem notados colocam-se em bicos de pés e carregam na vozearia, atingindo o ridículo. Com a leviandade e a irresponsabilidade dos tolos, erigem como lema a justiça de Talião — olho por olho, dente por dente — esquecendo que um tal caminho acabará por deixar-nos a todos cegos e desdentados.

Com arrogância totalitária e a certeza da impunidade, já se disse de tudo para caracterizar os ignominiosos actos terroristas, para anatemizar o Islão e para calar os cépticos. Acto de guerra contra a América, ataque ao capitalismo, à civilização ocidental e ao "mundo livre"; fundamentalismo islâmico, a encarnação do mal e inimigo da civilização cristã e ocidental; cépticos e contestatários da globalização, apoiantes sinistros do terrorismo internacional. Alguns, mais desbragados, chegaram ao despudor de afirmarem que tomariam nota dos nomes dos que não afinassem pelo seu diapasão, enquanto outros, aparentemente mais comedidos, bradando contra a indiferença exigem tão só o apoio incondicional ao coro da vingança.

E, afinal, de que falam eles? Dum ignominioso atentado terrorista que vitimou milhares de inocentes cidadãos anónimos, é disso que eles falam? Não! Ao que se referem primordialmente é a um ataque à América, não tanto a um ataque terrorista, mas a um acto de guerra (qual Pearl Harbor II), como preferem qualificar o evento. O que os choca, essencialmente, é o terror gratuito que irracionalmente ceifou milhares de vidas? Não! Lamentam, é certo, as vítimas, mas o que lhes cala fundo é a surpresa, a espectacularidade, a incredulidade e a inadmissibilidade de um acto que atingiu os símbolos do poderio económico e político dos EUA, a maior potência económica, política e militar. Por isso, o que os preocupa não é a justiça devida às vítimas, mas os efeitos na economia, nos negócios, no orgulho nacionalista e no poder mundial dos EUA, e o que eles clamam é por vingança para salvar a face e repor a autoridade da grande potência ultrajada no seu próprio território.

Mal refeito do susto que o levou a esconder-se temporariamente e já o cow-boy evangélico que ocupa a presidência dos EUA jurava vingança contra os autores, os instigadores e os países que os albergassem. Identificado um suspeito, ainda que seja apenas o suspeito do costume, aquele mesmo e todos os falcões não mais falaram em captura e julgamento do presumível criminoso e seus campangas, mas na retaliação com a guerra contra o pobre povo afegão. Para que um bando de terroristas não fique impune, muitos milhares de vítimas inocentes pagarão com a vida a humilhação da honra infligida à grande potência imperialista. Enquanto as vítimas que se salvaram, e as famílias das que pereceram, oferecem a magnanimidade da clemência e do perdão, os falcões furibundos só pensam em aplacar a ira, à falta de símbolos semelhando os seus, no sangue de muitos inocentes.

Para legitimarem o crime que preparam, os falcões militaristas e o cortejo dos seus seguidores civis trataram de fazer propalar o discurso maniqueísta. Afinal, aqueles inocentes não são tão inocentes assim: são islamitas fundamentalistas, fanáticos, odientos, terroristas potenciais e, portanto, inimigos da América, da civilização ocidental e do "mundo livre". Parece inverosímil que discursos lembrando histórias infantis em que o bem e o mal se apresentam com cristalina limpidez sirvam para embalar adultos que é suposto terem um pouco mais de maturidade. Os fundamentalismos religiosos propendem para o fanatismo, para a intolerância, para o ódio e para actos tresloucados, sejam eles o suplício, o martírio, a violência ou o terror. Qual religião, sagrada ou profana, do cristianismo ao budismo, não tem fundamentalistas e, entre eles, mártires ou terroristas? Os exemplos são tantos que é escusado enumerá-los. Mas devem os crentes no Islão ser culpabilizados pelos actos dos seus fanáticos?

O que torna o fundamentalismo islâmico um caso singular no ódio aos EUA não é qualquer sentimento de cruzada contra os infiéis, contra a civilização ocidental ou o "mundo livre". Raciocínios tão redutores não resistem à simples lógica. A liberdade religiosa e uma invejável multiculturalidade não fazem dos EUA campeões de qualquer fé com quem o fundamentalismo islâmico devesse travar combate. Expoente máximo da civilização ocidental e do "mundo livre", travestis semânticos por que os ideólogos e propagandistas designam o capitalismo, isso são-no mais notoriamente desde o meado do século passado, mas o fundamentalismo islâmico, apesar das aspirações ao controlo totalitário da vida social e política, traduzidas em múltiplos regimes ditatoriais e despóticos, não é anti-capitalista. O fundamentalismo foi sempre anti-comunista, e regimes por ele suportados ou tolerados são, ou foram em diferentes épocas, aliados dos EUA. E, ironia das ironias, alguns dos actuais terroristas até foram treinados pelo exército ou pelos serviços secretos americanos.

Sentimentos anti-americanos e de ódio, por outro lado, não são apanágio apenas dos islamitas fundamentalistas, mas estendem-se a muitos outros islamitas, mais notoriamente aos islamitas árabes ou arabizados. Eventualmente, esses sentimentos não são originados apenas pela solidariedade para com os seus irmãos palestinianos perante a política de agressão e de expulsão de parte da sua terra e dos seus lugares de culto levada a cabo por Israel, e pelo apoio incondicional prestado pelos EUA aos israelitas dando-lhes cobertura, embora se tenham acentuado nos períodos de maior agressividade e aquele apoio constitua seguramente um dos seus fundamentos. E se os sentimentos de ódio se estendem à generalidade do povo, os actos de sabotagem e de terrorismo perpetrados contra interesses ou cidadãos americanos, pelos meios envolvidos denotam não serem organizados pelas camadas pobres do povo. Quem está por detrás do terrorismo anti-americano, portanto, são fracções das classes dominantes de diferentes países árabes, que se apoiam na adesão popular, é certo, mas que o usam para disputarem ou tentarem assegurar o poder.

Por que lutam as diferentes fracções das classes dominantes árabes? Pelo poder, naturalmente. Por aquelas paragens agrestes e áridas, de fraco desenvolvimento industrial, o petróleo é a fonte da riqueza e o poder é a fonte do petróleo, e os EUA são quem controla económica, política e militarmente a sua produção. Quem poderia ser o inimigo se não eles? E como tornar evidente para todos um inimigo que só o é para alguns? Nada melhor do que identificar com a obra do demónio o estilo de vida cosmopolita, o desenvolvimento económico, a libertinagem dos costumes, o consumismo, a emancipação feminina, a liberdade, e fazer incorporar Satã nos EUA, desafiadores de Alá afrontando-o pela presença nos lugares sagrados, pioneiros e expoentes da modernidade que Maomé não previu, o Corão desconhece e os novos talibãs condenam.

O ouro negro, enquanto combustível estratégico com elevado impacto nos custos de produção da economia capitalista e por isso fonte de incomensurável riqueza, e o papel dos EUA enquanto potência económica e militar dominante na região arábica, constituirão os verdadeiros fundamentos do terrorismo anti-americano ou serão mais verosímeis os irreais choques de civilizações do Huntington, o novo profeta da geo-estratégia? E a direita israelita não terá uma réstia de interesse na provocação terrorista, forçando à intervenção americana na zona para eliminar mais um foco do fundamentalismo islâmico? Em qualquer caso, o nome de Deus parece poder ser evocado apenas para confortar os pobres de espírito.

Tal como os falcões, em momentos de emoção também as pombas não primam pela lucidez, tal a vertigem dos lances. Velhos e novos arautos de velhas e novas profecias redentoras dos pecados da humanidade, ao maniqueísmo em que se funda o desejo da vingança bélica reparadora do ultraje opõem o maniqueísmo da vingança dos pobres, dos deserdados e dos explorados contra o causador da desdita. Também eles lamentam as vítimas, mas não deixam de sugerir nas entrelinhas que quem semeia ventos colhe tempestades; que comparados com Dresden, Hamburgo, Hiroshima, Nagasaki, Bagdade ou Belgrado pouco mais de trezentos andares e uns poucos milhares de vítimas são uma brincadeira empolada pela transmissão televisiva em directo.

Afirmam aos quatro ventos que a potência imperialista é a causadora do capitalismo iníquo e o comandante do saque globalizado, quando são as próprias raízes do capitalismo, inventadas sem direitos de autoria, que os produzem, tal como produzem como reverso a liberdade, a inovação e o progresso material e social de que vamos usufruindo. Confundem troca desigual entre fracções nacionais dos capitalistas com troca desigual entre o capital e o trabalho, e não compreendem que é a rebeldia da reivindicação que pode pressionar a transformação de ambas. Sensíveis às grandes causas externas, esquecem as pequenas causas internas, afinal as que tudo decidem. Murmuram em surdina que o horror e a irracionalidade da guerra, pelas dimensões incomensuráveis, são bem mais nefastos do que o terror gratuito, o temor pelo horror; e que as guerras provocadas pela potência imperialista têm produzido dramas bem maiores.

A guerra, e o horror que provoca, não visa atemorizar, mas aniquilar, derrotar ou fazer capitular o inimigo; são os povos que sofrem os seus nefastos efeitos, mas são as classes dominantes que dela tiram benefícios; apesar da banalização com que vem sendo usada, é suposto ser o instrumento de coacção extremo, recurso para o falhanço dos compromissos que a diplomacia intenta; e para minorar a destruição e o sofrimento que provoca, obedece a regras quanto à notificação do inimigo, aos meios usados e aos alvos a atingir, ainda que desde a guerra civil de Espanha tudo isto vá sendo jogado um pouco às urtigas e se assista a guerras não declaradas, ao uso de meios proibidos pelas convenções internacionais e os alvos a atingir não se restrinjam às tropas e aos equipamentos militares e se estendam às populações civis, às instituições humanitárias e aos meios de produção e de comunicação.

Quando na guerra o inimigo é diabolizado e os contendores estão imbuídos de ódios até então insuspeitos, o terror, seja pela destruição gratuita, seja pela aniquilação de populações indefesas, é facilmente transformado em meio legítimo, porque se passou a considerar a atemorização um instrumento importante de destruição da capacidade emocional do inimigo com efeitos relevantes na sua operacionalidade ofensiva ou defensiva. Tudo isto faz da guerra um meio irracional para obter vantagens ou reparações territoriais, económicas ou políticas, mesmo quando os factores imediatos que a desencadeiam pareçam não ter nenhuma ligação com elas. Porque escapa à capacidade de decisão dos cidadãos até nas democracias mais representativas, a guerra é a irracionalidade em que todos nos vemos envolvidos, os de um e do outro lado, mesmo dela discordando, e na qual todos acabamos culpados.

O terrorismo, por seu lado, podendo ter os mesmos objectivos da guerra não obedece a qualquer das suas regras. Também não se pode confundir com as acções de sabotagem, nem com o assassinato político ou outras acções sujas, perpetradas pelos serviços secretos ou pelas chamadas forças de operações especiais, levados a cabo durante a guerra, porque não se trata de guerra (o confronto não envolve forças armadas regulares ou grupos de guerrilheiros). Os terroristas — indivíduos ou grupos — agem ou organizam-se de forma secreta, mesmo quando posteriormente se identificam para reivindicarem os atentados, e usam o terror como instrumento primordial, dado que procuram alcançar os seus objectivos pelo temor incutido nas populações e pela pressão que estas possam depois exercer sobre os poderes constituídos. Trata-se, pois, de um meio de luta abjecto, que toma como alvo cidadãos inocentes indiscriminadamente, que ataca sem declaração de hostilidades e sem olhar a meios, procurando maximizar o horror para sustentar o medo, o sobressalto e a desorganização da vida social. O terrorismo, portanto, tem culpados de um só lado, não há como repartir culpas, as vítimas não são comparáveis aos algozes! Não há nobreza de objectivos que justifique tão cobarde e abjecto método de luta.

Por muito sofisticada que seja a organização terrorista, a luta anti-terrorista, porque visa a segurança dos cidadãos, é caso de polícia, que os tribunais devem julgar para efectivar a justiça. Não se pode responder ao terrorismo com o terrorismo, muito menos com a guerra, por muito dramáticos que sejam os atentados e avultados, morosos e diversificados que sejam os meios necessários para a luta anti-terrorista. Também não se pode confundir luta anti-terrorista com qualquer psicose securitária que conduza ao cerceamento das liberdades cívicas ou à instauração de um clima de intolerância e de suspeição mútuas. Os políticos têm de ser mais prudentes e sensatos; os ideólogos e propagandistas têm de passar a ter mais cuidado com as equiparações levianas que têm vindo a fazer entre reivindicação e protesto organizado e o que designam por "terrorismo de baixa intensidade", como tem acontecido a propósito das manifestações anti-globalização; e os cidadãos devem redobrar de cautelas.

No caso concreto dos atentados terroristas contra bens e cidadãos norte-americanos, a vingança para lavagem da honra ultrajada — seja por acções desencadeadas unilateralmente, quer envolva uma ampla coligação ou até o patrocínio da ONU — não pode substituir-se à justiça devida como reparação às vítimas. A magnanimidade da clemência que os sobreviventes já manifestaram não deve fazer-nos vacilar, mas, se nos aconselha a firmeza, exige-nos a sensatez, a prudência e a equidade. A vingança pode não produzir apenas uma mão cheia de novas vítimas inocentes, mas uma catástrofe humanitária de grandes dimensões, qual oferenda em sacrifício para aplacar a ira dos falcões. Se assim acontecer, dela seremos todos culpados.

Almada, 20 de Setembro de 2001.


quarta-feira, 1 de setembro de 2021

A lição: a guerra infinita não pode ser realizada por ocupação nem por procuração


Parece ter sido isto que o imperialismo norte-americano aprendeu. Resta-lhe prosseguir a guerra infinita por forças próprias, públicas ou privadas, de intervenção rápida no local ou à distância, em qualquer sítio onde for necessária, contra um inimigo arranjado. Sai muito mais barato e tem muito menos riscos. Para isso, nada melhor do que a ressurreição, sob múltiplas capas, da velha Al Qaeda, a base sem base local definida. O Taliban, que lhe daria guarida no Afeganistão, já cumpriu o seu papel para a justificação da invasão e a ocupação daquele país, tal como o Daesh ou Isis o fez para a intervenção na Síria visando o derrube do Governo legítimo. Agora, foi inventado o Isis-K. Não tardarão a surgir outros, com nomes convenientes, necessários para legitimarem intervenções onde quer que seja, sob que pretexto for. O Estado terrorista não irá esmorecer na sua cruzada de "luta contra o terrorismo" dos outros, ambos bem reais e que se alimentam mutuamente, para defender os interesses geo-estratégicos americanos.

Pobres de espírito, tão manipulados quanto os outros, diferindo apenas nos meios utilizados, os pacóvios de lá e os dos seus aliados não compreendem os interesses por que se movem as classes dominantes dos seus países, e repudiam até as denúncias do maquiavelismo a que correspondem, que por tão iníquo lhes parece de todo inverosímil, tornando-se seus cúmplices. Como poderiam eles compreender a reacção dos humilhados e ofendidos sujeitos à crítica permanente das suas crenças e dos valores e concepções do mundo e da vida em que se fundam, que permitiram a existência e a consolidação das suas sociedades tribais pré-industriais que são alvo da agressão militar para a rapina das suas riquezas naturais ou para a sua ocupação estratégica? É fora de portas, os seus efeitos passam-lhes ao lado, e horrorizam-se apenas com os actos tresloucados que fanáticos do Islão movidos pela indignação, pelo desespero, pelo ressentimento e pelo ódio levam a cabo nos seus países cosmopolitas, engolindo depois a propaganda mais rasteira que lhes oferecem como legitimação.

O Islão é uma ideologia religiosa que pouco difere das grandes religiões sagradas monoteístas das sociedades do Médio Oriente. Se continua uma religião patriarcal, se é mais intolerante com os infiéis e defensora mais ciosa dos parcos meios de produção dos seus seguidores — incluindo as suas fêmeas, as mulheres, tentando contrariar os instintos sensuais, sedutores, libidinosos e promíscuos que lhes favorecem o sucesso reprodutivo, adquiridos por selecção natural de dezenas de milhares de anos, recusando-lhes direitos elementares e impondo-lhes códigos de conduta pública humilhantes, que se foi tornando mais notório nas tribos de nómadas e de regiões montanhosas inóspitas, isoladas do convívio com povos de outras culturas e economias — ela integra muito do bom que as antecessoras fixaram como códigos de conduta individual. Comparando-a com as caricaturas hipócritas em que o capitalismo e a ideologia burguesa as transformaram, mais visíveis na actual fase da evolução social de transição para o ciencialismo gestorial, apesar dos seus defeitos ela também constitui uma religião mais genuína e virtuosa.

A ideologia religiosa islâmica deverá ser entendida no contexto das sociedades tributárias pré-capitalistas, autocráticas e despóticas, tornada incompatível com as necessidades das sociedades burguesas modernas, democrático-representativas, cosmopolitas, agnósticas, industriais, sem valores morais — ou, melhor, com valores dominantes que se restringem à trapaça e à vigarice, usados impunemente na ganância pela busca do lucro a qualquer preço e à manipulação embrutecedora pelos meios mais sofisticados — que dêem coesão à cidadania e que contribuam para a realização da aspiração humana à felicidade. O que as distingue assim de tão essencial e progressista? A limitada democracia-burguesa e a informação, a ciência e a tecnologia colocadas quase exclusivamente ao serviço da maximização do lucro? A tão propalada liberdade, que de tão restrita não passa de mera ilusão legitimadora da sociedade totalitária que procuram por todos os meios implantar? E como dar combate ao fundamentalismo islâmico? Pela luta ideológica e política ou pela agressão militar e o uso do terror?

Falta-nos pensarmos um pouco melhor, para não sermos também pacóvios.